Me soa tão estranho o conselho "Só tenta parar de pensar um pouco". Porque é aí que tá: raros são os momentos em que minha mente encontra um espaço confortável para repousas as ideias.

Agora mesmo não paro de pensar nas coisas que quero escrever e no que já estou escrevendo. Não sai da minha cabeça o fato de que preciso, preciso muito, de um lápis para desenhar, já que o outro que usava esqueci na casa do meu irmão.

Não paro de pensar nos sentimentos que descobri revivendo o passado. Nas coisas que poderia ter dito, em tudo o que poderia ter mudado. 

Mas não me arrependo. Não. Acredito que tudo está no seu devido lugar. Acredito nas coincidências da vida. Nos atrasos, nas surpresas e nas certezas também.

Tudo está sendo como deveria ser. 

Também posso estar errada. Mas isso não importa agora. A questão é que não paro de pensar um minuto. 

Podem ser pensamentos tristes, felizes, tensos, curiosos, infernais. Podem durar horas, assim como podem durar minutos. Eles vêm e vão. Ficam um pouco, mexem com os meus neurônios e pedem licença logo depois. Normalmente depois que escrevo sobre eles. 

E assim descanso.